quarta-feira, 28 de maio de 2025
Arquivo sonoro do património imaterial fluvial
Gravado no Outono de 2024, este arquivo sonoro tem por base o saber fazer ligado à pesca no Rio Zêzere, em múltiplas e fascinantes áreas, numa narrativa identitária de valor substancial.
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terça-feira, 27 de maio de 2025
Hoje na Guarda
PROGRAMA
14h00 | Sessão de Abertura – Actuação musical/sonora de homenagem à Rádio
14h15 | João Paulo Diniz – Jornalista que lançou 'no Ar' a senha do 25 de Abril
14h45 | Maria Augusta Casaca – Jornalista TSF
15h00 | Irene Santos – Directora de programas/locutora Rádio Clube da Mêda
15h30 | Apresentação do Projecto Newaves/conversação em coffee break
15h45 | Jorge Esteves – Jornalista Antena 1
16h15 | Carlos Rui Abreu – Relatador Antena 1
16h45 | Encerramento – Espectáculo de dança e entrega dos troféus
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sábado, 24 de maio de 2025
Hoje no Fundão
domingo, 18 de maio de 2025
Rádio, transmissão ao vivo
Deixa-o soar
Há 45 anos morria o vocalista dos Joy Division. Dele ficou célebre o tema "Transmission", num dos textos mais importantes alguma vez escritos sobre a Rádio.
Listen to the silence, let it ring on
Eyes, dark grey lenses frightened of the sun
We would have a fine time living in the night
Left to blind destruction
Waiting for our sight
And we would go on as though nothing was wrong
Hide from these days we remained all alone
Staying in the same place, just staying out the time
Touching from a distance, further all the time
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
Well I could call out when the going gets tough
The things that we've learnt are no longer enough
No language, just sound, that's all we need know
To synchronise love to the beat of the show
And we could dance
Dance, dance, dance, dance, dance, to the radio
sexta-feira, 16 de maio de 2025
Ouvintes, não audiência
terça-feira, 13 de maio de 2025
Em França e na Rádio
segunda-feira, 12 de maio de 2025
O que as redes sociais nos fazem (VI)
Começou há uma semana na Rádio Pública
Antena1
2ª feira 23:00/00:00
Programa de Mafalda Anjos com vários convidados em cada semana.
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sexta-feira, 9 de maio de 2025
Raízes e Antenas
1963-2025
Foi autor do blogue (2006-2014) com o mesmo nome do livro «Raízes e Antenas», publicado em 2011.
Ver aqui
quinta-feira, 8 de maio de 2025
Hoje em Portalegre
segunda-feira, 5 de maio de 2025
Hoje em quatro rádios
Transmissão em simultâneo das 09:30 às 11:30
sábado, 3 de maio de 2025
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa
sexta-feira, 2 de maio de 2025
A verdade dos factos
Em plena era digital é absolutamente fundamental a verificação dos factos. Neste tempo informativo cada vez mais insidioso e difuso urge mais do que nunca haver quem denuncie a comunicação falsa e separe as notícias falsas das verdadeiras. "Se não são verdadeiras, não são notícias".
Verdadeiro serviço público prestado à sociedade, às comunidades e à Democracia. O tipo de espaço mediático que merece ser mais regular e mais presente nos órgãos de Comunicação Social no escrutínio de todas as áreas, principalmente da Política.
quarta-feira, 30 de abril de 2025
Há 100 anos hoje
Reviver o primeiro encontro icónico, agora na voz de Jérôme Fitzgerald Collet e da convidada Diana Gonnissen Oro, acompanhados pela excelência da Orquestra Metropolitana de Lisboa e sob a direção musical de Jacky Delance.
sexta-feira, 25 de abril de 2025
Hoje em Portugal
segunda-feira, 21 de abril de 2025
XIV Congresso da Sopcom
Em Fevereiro do próximo ano na Covilhã
A chamada de trabalhos para o XIV Congresso da Sopcom, organizado pelo LabCom, na Universidade da Beira Interior - UBI, já está aberta. Até ao dia 15 de junho poderão ser enviadas propostas de comunicação para os 18 Grupos de Trabalho existentes na Sopcom. “Comunicação e Tempo” é o tema desta edição.
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quinta-feira, 17 de abril de 2025
Páscoa Camoniana
sábado, 12 de abril de 2025
Dia internacional das lojas de discos
segunda-feira, 7 de abril de 2025
Prémio Igrejas Caeiro 2025
O Prémio Igrejas Caeiro distingue desde 2013 uma personalidade da Rádio em Portugal cujos méritos estejam há muito reconhecidos em qualquer área do meio.
Este ano é distinguido o autor do mítico programa «Rock Em Stock» na RDP-Rádio Comercial (1979-1982; 1986-1993) e também «Ondas Luisianas» na Antena1, até à reforma.
2013 – Luís Filipe Costa
2014 – João Paulo Guerra
2015 – Adelino Gomes
2016 – António Cartaxo
2017 – António Sala
2018 – José Manuel Nunes
2019 – Joaquim Furtado
2020 – João David Nunes
2021 – Cândido Mota
2022 – João Paulo Diniz
2023 – José Nuno Martins
2024 – Maria Elisa Domingues
2025 – Luís Filipe Barros
sábado, 5 de abril de 2025
Manoel de Oliveira na Rádio
Dez anos após a morte de Manoel de Oliveira
No Cinema português, em boa verdade - mais do que isso, na sociedade portuguesa -, instalou-se há muito tempo um vício anedótico segundo o qual seria preciso cada um de nós estar totalmente a favor ou totalmente contra os filmes de Manoel De Oliveira. É tempo de crescermos e dizer que nenhum grande criador é capaz de gerar consensos universais. Por vezes a capacidade de dividir é mesmo o reflexo do génio criativo.
Realização de Tiago Alves
Programa de dia 5 de Março de 2025
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sexta-feira, 4 de abril de 2025
Super noite
Radialistas da melhor Rádio que já não existe a distribuírem emoções fortes através da Música.
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quinta-feira, 27 de março de 2025
Perplexos
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quarta-feira, 26 de março de 2025
Teatro Sem Fios
Bohumil Hrabal
segunda-feira, 24 de março de 2025
À Beira do Som
À Beira do Som é uma crónica sonora, com base nas várias paisagens sonoras da Beira. Uma cartografia sonora e afectiva, da Beira Litoral à Beira Baixa.
Tem periodicidade quinzenal (assim tentaremos, mas também pode ser de 3 em 3 semanas, que ninguém se chateará), e mais não é do que um pedaço de poesia sonora, estamos em crer, com a Beira como paisagem de fundo, uma paisagem que se vai alterando, dinâmica, mas também tradicional e carregada de identidade(s), com o som como guia, numa espécie de guardião da paisagem.
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domingo, 23 de março de 2025
Futuro
12 passas para um ano de Rádio (12)
sábado, 22 de março de 2025
Extinção
As ameaças à existência da Rádio, presentes desde o seu aparecimento, não cessam. Pelo contrário, aumentam de ano para ano, principalmente no sector privado, sempre com a cabeça no cepo, numa dança harakíri em bicos de pés sobre uma corda bamba, permanentemente sob o velho ditame de "ou as receitas são maiores que os custos ou então encerra-se". A guilhotina também desce, volta e meia, sobre o pescoço do sector público, com a tutela alternadamente a prometer investimento e reforço ou a promover a redução e a privatização. Reduzir o serviço público de radiodifusão significa empobrecer a oferta, tornando-a débil, condenando-a à irrelevância e privatizar significa fazer desaparecer.
A ameaça é maior quando provém de governos de ideologia ultraliberalista. Convém lembrar que as ameaças à continuidade da existência do serviço público de Rádio agudiza-se de cada vez que um governo com essas características está no poder. Em meio-século de Democracia em Portugal aconteceu vezes suficientes para que o facto não possa ser encarado como se se tratasse de uma mera coincidência.
sexta-feira, 21 de março de 2025
Podcast
12 passas para um ano de Rádio (10)
As estações de Rádio que persistem sem Podcast estão fatalmente desactualizadas no caldeirão das plataformas. Rádios que produzam podcasts que não emitem nas emissões em FM estão a trair a Rádio e os ouvintes. Um claríssimo tiro no pé.
É de lamentar que ao fim de duas décadas de Podcast não se tenha encontrado uma designação em português para este formato digital sonoro. Vingou o termo original em Inglês, quando temos uma língua riquíssima. Dizemos Radiodifusão, não dizemos Broadcast.
quinta-feira, 20 de março de 2025
Internet
12 passas para um ano de Rádio (9)
Outro dos maiores paradoxos é a Rádio utilizar a Internet para se desvalorizar. Programas que têm uma versão maior na Internet é excluir os ouvintes comuns da escuta normal. É dizer ao ouvinte algo como "vá para a net, deixe a Rádio. Na Internet é melhor que na Rádio, na net é que é bom."
quarta-feira, 19 de março de 2025
Mercado
12 passas para um ano de Rádio (8)
terça-feira, 18 de março de 2025
Publicidade
12 passas para um ano de Rádio (7)
Vagas de sucessivas crises financeiras, insolvências de patrocinadores regulares, deslocação para meios diferentes - principalmente para as redes sociais -, entre vários outros motivos, provocaram uma tremenda erosão do investimento publicitário na Rádio que, de forma funesta, apregoou durante muito tempo que era um meio barato em que se podia fazer publicidade a baixo custo. E o custo está aí: cerca de algumas dezenas acima de 50% do bolo publicitário desapareceu da Rádio. A fatia, que em tempos era larga, ficou finíssima. No topo da lista de bocas famintas estão, com base nos estudos que existem de audiências - que é para o mercado publicitário que são feitos - duas estações nacionais de música a digladiarem-se por umas décimas do barame trimestral. Na prática, encontram-se numa luta miserável para ver quem faz pior rádio a fim obter mais uma migalha de publicidade.
segunda-feira, 17 de março de 2025
Trabalho
12 passas para um ano de Rádio (6)
Numa possível entrevista de emprego, a primeira pergunta que um jovem candidato a entrar na Rádio devia fazer à entidade patronal é saber quanto vai ter de pagar para trabalhar.
domingo, 16 de março de 2025
Música
12 passas para um ano de Rádio (5)
A mais antiga aliada da História da Rádio, depois da palavra. Som é emoção, músicas são emoções. É por esta e outras razões que devemos ser irrevogavelmente contra as 'playlists', que não transmitem emoção, sensações agradáveis, sequências musicais felizes, lógica interpretativa, harmonia sensorial, equilíbrio emocional, ambientes propícios e adequados aos vários tempos e momentos da transmissão radiofónica. Uma máquina composta por frieza amoral nunca terá a sensibilidade humana que é estritamente necessária em matérias sentimentais. É daqueles casos fundamentais e paradigmáticos da Rádio em que, sem a exclusiva mão humana, não se consegue fazer nada que faça sentido.
sábado, 15 de março de 2025
Autoria
12 passas para um ano de Rádio (4)
Felizmente há honrosas excepções no sector privado e nem são assim tão poucas, mas sem Rádio pública o cenário seria muitíssimo menos interessante. Desapareceria a possibilidade ainda hoje existente de ouvir Rádio, de posto em posto, sem ter de a desligar por falta de alternativas.
sexta-feira, 14 de março de 2025
Português
12 passas para um ano de Rádio (3)
Os maus tratos à língua portuguesa grassam nas rádios portuguesas. A depuração da linguagem é inexistente nas pessoas que falam ao microfone. Os radialistas estão absolutamente convencidos que se falarem muito estão a fazer um bom trabalho. Não estão. A Rádio em períodos de continuidade, quando é demasiado loquaz, cansa. É ruído, poluição sonora.
Os espaços de aparente silêncio - sem o ser em concreto - produz uma abstracta sensação de libertação, um respirar essencial à fruição suave, sem atrito sensorial, alcançando conforto na escuta. Até na Rádio o silêncio é de ouro.
quinta-feira, 13 de março de 2025
Programação
12 passas para um ano de Rádio (2)
Honra seja feita às estações de Rádio nacionais, regionais e locais que respeitam os horários de programação. É uma regra de ouro para fidelizar audiências. E quanto mais tempo assim o fizerem mais audiência acumulam, mais respeito ganham, mas confiáveis se tornam. A previsibilidade dos horários é fundamental na Rádio.
Se os ouvintes têm de se esforçar muito para saberem o horário do que gostam de ouvir é a Rádio que está a falhar e é assim que os ouvintes se perdem. Ou dito de outra forma, não se ganham.
quarta-feira, 12 de março de 2025
Difusão
12 passas para um ano de Rádio (1)
A actual estrutura analógica é dispendiosa, carece de manutenção constante, é insuficiente para cobrir todo o território e não elimina as zonas de sombra. A questão é que ainda não existe uma solução digital mais eficiente e menos onerosa que consiga fazer melhor.
Está também por provar que a tecnologia digital de difusão venha realmente a ser mais barata. Talvez seja bom alertar que para se aceder à transmissão digital o consumidor final vai ter de pagar o que hoje é gratuito.
terça-feira, 11 de março de 2025
Grupo de Jovens Investigadores em Ciências da Comunicação
quarta-feira, 5 de março de 2025
O que as redes sociais nos fazem (VI)
A Rádio, o território das vozes
"Eu detecto no mundo, às vezes, um adormecimento, um costume do horror. Mas às vezes também detecto uma indignação permanente e gratuita e um pouco frívola em indignarmo-nos por tudo ao mesmo tempo e de maneira constante. Há um grau de frivolidade ali e com muita frequência do que os americanos chamam de "virtual signaling", que é indignar-me sobre uma tragédia humana, não por preocupação da tragédia, mas sim para assinalar "que virtuoso sou eu, que tenho o coração do lado correcto". Há um grau de banalidade nisto também. Eu creio que o grande problema é que o nosso comportamento nas redes sociais, lentamente, tem tido um efeito perverso na nossa relação com o mundo. Dizia-o uma autora de livros muito inteligentes, "Millennial", que sabe muito mais disto que eu, que falava de um mecanismo perverso que é chegar a ver tudo o que sucede no mundo - diz ela que "isto é uma consequência da ética das redes sociais, do Facebook e do Twitter" - chegar a ver tudo o que ocorre no mundo como um comentário sobre o que sou eu. As redes sociais produzem uma maneira narcisista de ver o mundo e isso distorce as nossas relações sociais, a nossa vida de cidadãos, as nossas opiniões políticas, inclusivamente. Em certo sentido, isto é o contrário do que se passa num romance. Um romance, a leitura de um romance, é o abandono do "eu". É uma viagem ao outro. Interessar-nos durante trezentas ou quatrocentas páginas no destino de outra pessoa. Esse é o momento de curiosidade pelo outro, de altruísmo, em certo sentido. É oposto ao que sucede na conversação contemporânea que temos nas redes sociais. Em certo sentido, por isso, são duas éticas distintas. Maneiras distintas de ver o mundo e opostas e que estão confrontadas."
segunda-feira, 3 de março de 2025
Os Óscares na Rádio
Em tempos, a madrugada dos Óscares era uma noite de gala na Rádio em Portugal, com a transmissão em directo em emissões de prestígio ao longo de década e meia na TSF. Depois da descontinuação em 2005, a noite mais importante da sétima arte prosseguiu com acompanhamentos esparsos - e alguns anos de hiatos - em estações como a Antena1, Antena3, RCP-Rádio Clube e, mais recentemente, Rádio Observador.
Mais sobre a noite dos óscares na «Rádio Crítica» ao longo dos anos:
Um dia estranho para a Rádio (25 de Fevereiro de 2023)
Também queremos pizza! (3 de Março de 2014)
domingo, 2 de março de 2025
Rádio Crítica 20 anos
20 anos de publicações sobre Rádio na Internet
15 anos de partilhas do blogue na rede social Facebook
00 anos na rede social Instagram
00 anos na rede social Twitter
00 anos na rede social X
00 anos em qualquer outra rede social
00 anos de utilização da IA
Mais de uma centena de podcasts em conjunto no colectivo de autores «Irmandade do Éter» e em nome próprio entre Janeiro de 2006 e Setembro de 2022.
Apesar de tudo, num caminho de duas décadas cheias de coisas boas e más, nem um único desvio dos propósitos inaugurais declarados há vinte anos.
sábado, 1 de março de 2025
RUC 39 anos
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Na Antena3
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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
TSF 37 anos
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025
O que as redes sociais nos fazem (V)
A olhar os dias, a olhar o mundo, através de livros recentes
"As máquinas começam de forma muito rudimentar a adquirir agência. Isto é, a capacidade de agir de maneira autónoma para alcançar uma meta. Nunca passou pela cabeça de um lápis escrever algo por sua iniciativa nem da da prensa pisar com mais força um cacho de uvas. Acontece que o telemóvel já não funciona de forma passiva, estando pelo contrário, programado para tomar as suas próprias decisões. Utilizamos o telemóvel para enviar um WatSapp e até aqui assemelha-se a uma ferramenta sofisticada, mas convencional. Permite-nos comunicar a mensagem que queremos. Mas depois aparece um monte de notificações que nunca pedimos e desvia-nos dos nossos objectivos iniciais. O aparelho começa a adquirir agência. Não por ser inteligente, não é, mas porque outros o utilizam como mecanismo de manipulação do nosso comportamento e pensamento. O uso que lhe damos é influenciado pelos interesses de um terceiro, mediatizados através de algoritmos. A irrupção da Inteligência Artificial coloca em cima da mesa o problema de quem toma as decisões. Uma bomba é atroz, mas é largada por uma pessoa, não decide atirar-se sozinha. Em contra partida, actualmente, graças a um profundo conhecimento que possuem sobre nós, as máquinas podem escolher de forma muito precisa que estímulo nos deverão apresentar para que se alterem os nossos pensamentos e comportamentos. Íamos enviar uma mensagem mas acabamos por passar duas horas a olhar para vídeos no Instagram ou no TikTok. Quem tomou essa decisão? Há já algum tempo que perdemos parte da nossa autonomia, a de sermos nós a decidir o que queremos com liberdade. Somos um pouco artificiais e deixamo-nos arrastar por algoritmos que invadem o nosso desejo mais profundo e a nossa motivação. Geram dependência. Apesar de andarmos por aí convencidos de que somos nós quem determina as nossas preferências e desejos. Na realidade, muitas das coisas que desejamos reflectem ideias que nos foram implantadas. "Muitas vezes as pessoas não sabem o que querem até que alguém lho mostre", disse uma vez Steve Jobs. A indústria da publicidade e do markting manipula as pessoas há décadas sem que estas se dêem conta. Estabelece associações entre cores e formas para gerar sensações de frescura, saúde ou beleza para satisfazer, etc. Recorramos a um exemplo simples: Quando num restaurante nos oferecem uma longuíssima carta com vinhos que não conhecemos, qual é o critério de escolha? A grande maioria das pessoas opta pelo segundo vinho mais barato. A decisão assenta num mecanismo inconsciente, tão invisível quanto recorrente, poupar o mais possível sem passar por sovina. Muitos hoteleiros sabem isto e põem o vinho que preferem vender, ou que lhes custa menos, em segundo lugar na lista. E assim, pouco a pouco, vamos caindo na armadilha de comprar o pior por um valor superior ao que tem. Alertados para esta possibilidade, aprendemos a desconfiar dos anúncios e de outros métodos evidentes de condicionamento dos nossos critérios. Mas ainda não desconfiamos das ferramentas porque, apesar de tudo, tivémo-las sempre sob o nosso controlo. Pegamos num lápis, desenhamos meia-dúzia de figuras, apagamo-las para as melhorar, fazemo-las de novo. O processo continua até perdermos a vontade de desenhar. E então, pura e simplesmente, paramos. Deixamos o lápis e passamos a outra coisa. Esta é a expressão mais simples do nosso sentido de agência. Quando queremos desenhar, desenhamos. Quando queremos parar, paramos. Pelo contrário, quando queremos comer duas ou três batatas fritas e acabamos a comer o pacote inteiro sentimos que algo se descontrolou e que não conseguimos evitá-lo. O que se perdeu pelo caminho é o sentido de agência. A nossa inteligência é versátil, mas também está repleta de pontos fracos que são muito evidentes quando entra em jogo a manipulação do desejo e da vontade."
Dos argentinos Mariano Sigman, físico, especialista em neurociência cognitiva da aprendizagem e Santiago Bilinkis, tecnólogo e especialista em Inteligência Artificial robótica de neurociência e nanotecnologia.
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025
O que as redes sociais nos fazem (IV)
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domingo, 16 de fevereiro de 2025
Esta noite na RADAR
Aquele lado que nunca vimos
Esteve muitos anos nas horas fundas de fim-de-semana na Antena2, mudou-se há algum tempo para a RADAR. Selecção musical calma e introspectiva, isenta de apresentação. Fazem falta espaços assim. Nem sempre a palavra é rainha na Rádio.
Centenário de Carlos Paredes na Rádio
A sua simplicidade era equivalente à sua grandeza